A recente derrota do Fortaleza para o Racing, por 3 a 0, na fase de grupos da Libertadores de 2025, gerou ampla repercussão na mídia argentina. A imprensa local não perdeu a oportunidade de provocar os brasileiros, especialmente com o Diário Olé, que destacou: “eles veem o azul e branco e choram”. Essa frase, de tom irônico, faz referência ao histórico de confrontos entre times brasileiros e argentinos, refletindo a rivalidade acirrada no futebol sul-americano. Para muitos argentinos, o Racing representa um pesadelo para os clubes brasileiros, e essa vitória apenas reforçou essa imagem.
O Olé, em seu estilo provocativo, foi além e apelidou o Racing de “El cuco” dos brasileiros, o que significa algo como “bicho-papão”. O termo, utilizado frequentemente para se referir a times ou jogadores temidos, foi uma forma de enaltecer a força do Racing, especialmente após a impressionante vitória sobre o Fortaleza. A provocação se tornou ainda mais marcante quando outros veículos de comunicação, como o TyC Sports, se juntaram à festa, dizendo que “assim, não há Fortaleza que aguente”, destacando a superioridade do time argentino.
Além da vitória em si, a imprensa argentina não deixou de enfatizar a importância dessa conquista no contexto das competições sul-americanas. O Racing tem se destacado nos últimos anos por seu desempenho imbatível contra equipes brasileiras, como evidenciado pela sua performance na Copa Sul-Americana de 2024. Nessa competição, o time argentino derrotou grandes clubes como o Bragantino, Athletico Paranaense, Corinthians e Cruzeiro, o que consolidou sua imagem como um verdadeiro algoz para os brasileiros.
O título da Recopa Sul-Americana de 2025, conquistado pelo Racing sobre o Botafogo, também foi mencionado nas reportagens argentinas. Com essas vitórias, o time de Avellaneda fortaleceu sua posição como um dos maiores rivais dos clubes brasileiros no cenário internacional. A imprensa argentina foi enfática em ressaltar que, mesmo com o Fortaleza sendo um time de grande porte no Brasil, a vitória do Racing sobre o Tricolor do Pici não foi uma surpresa, dado o bom retrospecto da equipe contra times do Brasil.
Outro ponto destacado pela mídia argentina foi a derrota histórica que o Fortaleza sofreu em sua própria casa, na Arena Castelão. Até então, o time cearense não havia perdido para um clube argentino em seu estádio, sendo um verdadeiro talismã contra adversários do país vizinho. A vitória do Racing, portanto, marcou não apenas uma derrota importante para o Fortaleza, mas também uma quebra de tabu que foi motivo de celebração para os argentinos e, claro, de provocação para os brasileiros.
A imprensa argentina também usou essa vitória para reafirmar a “paternidade” do Racing sobre os clubes brasileiros, algo que se estende para a rivalidade em competições como a Libertadores. O Clarín, outro grande veículo de comunicação da Argentina, sublinhou o feito histórico do Racing e fez questão de lembrar que, até então, nenhum time argentino havia conquistado uma vitória no Castelão, tornando ainda mais significativa a performance da equipe argentina na competição.
Além disso, a imprensa esportiva argentina aproveitou a ocasião para brincar com o fato de que a Fortaleza, uma das grandes fortalezas do futebol brasileiro, tornou-se a “fortaleza” do Racing. Isso foi um jogo de palavras que rendeu muitas piadas e ironias nas redes sociais, com muitos torcedores argentinos celebrando a humilhação imposta ao Fortaleza. Essa “brincadeira” acabou ganhando grande repercussão nas redes sociais, gerando uma onda de memes e piadas sobre a superioridade do Racing.
Essa provocação não passou despercebida pelos torcedores brasileiros, que reagiram nas redes sociais com críticas e respostas à altura. No entanto, a derrota do Fortaleza diante do Racing é um reflexo da força do futebol argentino nos últimos anos, especialmente em competições sul-americanas, e não deve ser vista apenas como um incidente isolado. O Racing, com sua impressionante trajetória e conquistas recentes, se consolidou como um dos times mais formidáveis da América do Sul, e a provocação da imprensa argentina é, sem dúvida, uma forma de reafirmar seu status de temido rival para os brasileiros.
Em resumo, a vitória do Racing sobre o Fortaleza não apenas marcou um momento histórico para os argentinos, mas também reacendeu a chama da rivalidade futebolística entre Brasil e Argentina. A provocação da imprensa argentina não é novidade, mas, dessa vez, ela foi acompanhada de uma análise mais profunda do sucesso do Racing nas competições internacionais e de seu domínio sobre os clubes brasileiros. A provocação vai além de uma simples zoação: ela reflete a força e a confiança do time argentino, que continua a ser um verdadeiro “bicho-papão” para os times do Brasil.
Autor: Wagner Schneider