Quando o tema é gestão aplicada ao mundo tecnológico, muitos ainda imaginam que se trata apenas de dominar ferramentas digitais. Segundo Vitor Barreto Moreira, empresário e sócio do grupo Valore+, a verdadeira virada acontece quando o administrador assume o papel de inovador e passa a enxergar a tecnologia como extensão da estratégia de negócios. Não se trata de abandonar a lógica de gestão tradicional, mas de refiná-la para um ambiente em que dados e velocidade definem quem permanece competitivo.
Nesse cenário, o administrador deixa de ser apenas guardião de planilhas e relatórios e passa a atuar como arquiteto de soluções. Ele conecta objetivos, pessoas, processos e sistemas em um mesmo desenho estratégico. Veja mais sobre o assunto na leitura a seguir:
Gestão aplicada ao mundo tecnológico: da planilha ao código
O ponto de partida da gestão aplicada ao mundo tecnológico é a capacidade de traduzir desafios de negócios em problemas que a tecnologia pode resolver. Em vez de falar apenas em “implementar um sistema”, o administrador inovador descreve o que precisa mudar na experiência do cliente, no fluxo interno ou no modelo de receita. Como alude Vitor Barreto Moreira, formado em administração, essa capacidade de formular perguntas certas é o que diferencia quem apenas compra software de quem desenha soluções escaláveis.
Ao sair da planilha e se aproximar do “código”, o gestor não precisa ser programador, mas precisa entender a lógica por trás das entregas. Ele aprende a priorizar backlog, definir escopo mínimo viável e estabelecer critérios de sucesso para cada funcionalidade. Dessa forma, evita projetos inchados, reduz retrabalho e cria um ambiente em que tecnologia responde à estratégia, e não o contrário. A inovação, então, deixa de ser efeito colateral e passa a ser resultado esperado de um método bem estruturado.

Pessoas, processos e produtos
Nenhuma transformação digital se sustenta se ignorar o fator humano. A inovação floresce quando equipes entendem o “porquê” das mudanças e enxergam seu papel no resultado final. Isso exige comunicação clara, metas bem definidas e rituais de acompanhamento que aproximem liderança e times técnicos. Assim, surgem ambientes em que aprendizado contínuo e experimentação não são discurso, mas rotina.
Além das pessoas, os processos ganham papel central nessa lógica de gestão aplicada ao mundo tecnológico. Assim como destaca Vitor Barreto Moreira, sócio do grupo Valore+, redesenhar fluxos é tão importante quanto adotar novas ferramentas. O administrador inovador mapeia gargalos, elimina etapas redundantes e cria trilhas de aprovação mais simples. Ao mesmo tempo, conecta esses processos ao desenvolvimento de produtos e serviços, garantindo que cada melhoria interna impacte a experiência do cliente.
Métricas, riscos e experimentação
Em um ambiente orientado pela inovação, decidir sem dados se torna um risco desnecessário. De acordo com Vitor Barreto Moreira, empresário com atuação estratégica, métricas bem definidas são a ponte entre tecnologia e gestão responsável. O administrador inovador aprende a acompanhar indicadores de adoção, desempenho, retorno sobre investimento e satisfação de usuários. Com base nesses números, ajusta prioridades, descontinua iniciativas pouco eficazes e concentra recursos onde o impacto é maior.
Entretanto, medir não basta; é preciso aceitar que inovar envolve testar hipóteses e lidar com incertezas. Por isso, a lógica de gestão aplicada ao mundo tecnológico incorpora ciclos curtos de experimentação, com entregas frequentes e espaço para correções rápidas. O gestor estabelece limites claros de risco, define orçamentos controlados para projetos-piloto e cria um ambiente em que o erro bem gerido é tratado como fonte de aprendizado.
O administrador como protagonista da inovação
Por fim, quando o administrador vira inovador, a tecnologia deixa de ser um território distante e passa a integrar o coração da estratégia. A lógica de gestão aplicada ao mundo tecnológico mostra que não basta adotar ferramentas; é preciso redefinir como a empresa pensa, decide e executa. Como menciona Vitor Barreto Moreira, ao conectar pessoas, processos, produtos e métricas em uma mesma visão, o gestor cria um ciclo virtuoso de melhoria contínua, em que cada projeto digital reforça a competitividade da organização.
Autor: Wagner Schneider