Mulheres e meninas são afetadas de maneira desproporcional pelas alterações climáticas e dependem de fatores como idade, etnia, pobreza, marginalização, agravados pelas desigualdades de gênero.
As suas perspectivas são marginalizadas e elas não têm oportunidade de influenciar a política climática.
Essa a conclusão que organismos eclesiais chegaram na conferência “Justiça Climática e Igualdade de Gênero”, evento paralelo à Conferência das Nações Unidas sobre Mudança Climática, que esteve reunida em Bonn, Alemanha, de 3 a 13 de junho, com o intuito de desenvolver um roteiro comum para medidas de proteção climática sensíveis ao gênero.
“Na luta contra as alterações climáticas, devemos eliminar sistemática e continuamente as desigualdades de gênero e colocar as mulheres no centro das decisões de política ambiental. Essa é a forma mais eficaz de reforçar a resiliência climática das famílias e comunidades”, destacou a representante da ONU Mulheres para a Europa e Ásia Central, Ela Ionescu.
As comunidades religiosas, disse o colombiano Juan Andrés Casas, podem ser importantes no processo de transformação. “Elas podem defender a justiça de gênero e os direitos humanos, e destacar o papel das mulheres como agentes de mudança na política climática”.
O evento paralelo foi organizado pelo movimento hindu Brahma Kumaris, a Igreja Evangélica Luterana na América, a Act Church da Suécia, o Conselho Mundial de Igrejas e a Federação Luterana Mundial.