O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, determinou na terça-feira (30) a implementação de patrulhas militares e policiais em todo o território nacional. A ação, que começou a valer a partir de quarta-feira (31), visa conter os protestos que surgiram após a divulgação dos resultados eleitorais.
Contexto dos Protestos
Os protestos eclodiram em resposta ao anúncio de que Maduro havia conquistado um terceiro mandato presidencial com 51% dos votos. A oposição, liderada por Edmundo Gonzalez e Maria Corina Machado, contesta os resultados, alegando que Gonzalez obteve mais que o dobro de votos de Maduro, com base em contagens independentes de 90% dos votos.
Acusações de Fraude Eleitoral
A oposição acusa o órgão eleitoral de ser controlado pelo governo, o que comprometeria a transparência do processo. Maduro, por sua vez, responsabiliza Gonzalez e Machado pelos protestos, que ele descreve como uma tentativa de golpe.
Repressão aos Manifestantes
De acordo com o procurador-geral Tarek William Saab, 749 pessoas foram presas durante os protestos, e 11 mortes foram registradas pela ONG Fórum Penal. Maduro e seus aliados acusam os líderes da oposição de incitar a violência, incluindo espancamentos e incêndios.
Reações Internacionais
Diversos países pediram maior transparência na contagem dos votos. Fontes americanas indicaram que Washington está considerando novas sanções contra indivíduos ligados ao processo eleitoral, caso não haja uma divulgação mais clara dos resultados.
Resposta do Governo
Em um discurso inflamado, Maduro exigiu que Gonzalez e Machado fossem responsabilizados pela violência. Ele acusou os manifestantes de atacar civis e causar destruição, e chamou Gonzalez de “covarde”.
Impacto na População
A população venezuelana está dividida, com muitos apoiando os protestos contra o que consideram ser um governo ditatorial. As patrulhas militares e policiais têm gerado um clima de tensão e medo entre os cidadãos.
Futuro Incerto
A situação na Venezuela permanece volátil, com a comunidade internacional observando de perto os desdobramentos. A pressão por transparência e justiça eleitoral continua, enquanto o governo de Maduro tenta manter o controle sobre o país.